segunda-feira, 2 de abril de 2018

Aprende aprende

O que te trava?
O que te deixa sem reação?
E o que te faz perder a noção?
O controle?

Pra mim isso é quando eu deixo de ser eu mesma.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Caminho torto

Esse caminho agora me parece diferente. E me parece estranho também.
Tem como uma pessoa mudar muito em um tempo muito curto?
Eu sinto falta de mim e de como eu era. De como as pessoas olhavam pra mim e o que eu representava na vida delas.
Mas eu to outra pessoa agora, e o curioso é que eu mudei pelas pessoas.
Não sei, mas a impressão é que eu encarei a Marina que esperam que eu seja. Mas eu não consigo enganar.
Sinto fala de como eu pensava, se eu pudesse ao menos ser aquela pessoa e ao mesmo encarar o que eu preciso..
Sou eu quem posso decidir isso né? Ok. Sim, sou eu.
Mas eu to seca.
To sem saber sentir as coisas. Sem merecer nada.
Ok, há de ter outro jeito.
Cade minha curiosidade? Ok, dela eu consigo tirar muita coisa, então podemos começar por ela.
Não ando muito curiosa na vida mas posso voltar a ser. Cade minha musica?
Cade minha vontade?
OK, chegamos em um consenso. Começo por esses e vejo no que dá.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O filme da minha vida.

O filme da minha vida.

Talvez ao contar a própria historia, a vida descomplica um pouco.
E se torna um filme.


domingo, 11 de junho de 2017

Respira e vai.

Eu poderia esperar.
Eu poderia ficar e esperar mais um tempo, ganhar mais tempo e respirar por mais tempo.
Eu poderia derrubar as expectativas das pessoas e ficar por mais um tempo. Ou ficar de vez. Imagina?

Mas... Porque esperar?
Porque ficar mais um tempo? A fim de quê?
Porque esperar para voltar ao que era antes?
Porque não encarar logo e abraçar a responsabilidade? E o compromisso?
Porque ter mais tempo pra decidir, se já está decidido?


Questão de Ordem

Não tiro esse espaço pra me debruçar sobre as regras. Incluindo erros de gramática ou nonsense do uso das palavras.

terça-feira, 30 de maio de 2017

La pensée




Pensar o mundo, pensar o local, o território, pensar o dentro, o Outro, pensar o Brasil, pensar o cotidiano, pensar o coletivo, pensar a vida e etc.
Pensar em todas essas coisas juntas parece confuso e complicado, dificil de entender e perceber o todo. Mas (e enfim) é possivel encontrar o ponto medio onde todas esses pensamentos confluem e esclarecem uma realidade urgente de compreensão. diante da realidade, do cotidiano, dos momentos ruins e bons que vem e vão na vida, o que mais que acometia na pre adolescência e adolescência eram questões de 'porque eu estou aqui?' ou 'que que eu estou fazendo aqui?', esse aqui era tudo que eu passava, e tudo que eu pensava; era tudo que eu respirava.
Questionamentos como esse foram o que me fizeram o que eu sou hoje.
São questionamentos que particularmente tenho enorme valor porque tenho a impressão que me ensinam a viver.
Pensar nisso, me faz querer questionar tudo ao redor. Viver sem pensar em tais coisas faz a gente ficar vazio, seco, sem profundidade, sem desejo. Então pensar o mundo, pensar a vida, diz respeito a questionar nosso local, nosso territorio, e portanto, o territorio do Outro, o proximo, o mesmo que faz do coletivo, alguma coisa humana.
Pensar o viver em sociedade é procurar saber como estão vivendo os que vivem dessa maneira, e quais são os meios pelos quais ela é o que é. Assistir um video como o acima me faz pensar o quanto é necessário viver pensando e questionando locais, cotidianos, coletivos, vidas, territorios e mundos. Faz pensar porque estamos aqui, e porque vivemos dessa determinada maneira e não de outra. É profundamente pensar na alteridade do outro e por ela.
É pensar atraves de um espaço que possa entrar eu, você, ele, ela, aqueles e nós. Esse espaço precisa contemplar todas essas pessoas.
Começando, parte-se do pressuposto que existe um só planeta que contém capacidade geradora de vida, humana e não humana, existe somente um espaço coletivo de convivencia, um só territorio que abriga a todos.
Pensando isso, aparece outro pressuposto que comporta o fato de necessariamente, ou seja, por necessidade temos a obrigação e o direito de viver num espaço saudavel, harmonioso e divertido. É bom imaginarmos que se gostamos de sentir prazer, obviamente meu semelhante também compartilha disso. E por isso é necessario a construção de um mundo em que eu, você, ele, ela, aqueles e nós possamos vivem em harmonia.
Com absoluta certeza não quero ser a romantica que pensa que o mundo tem potencial para se tornar o Jardim das Delicias do Bosch. Mas é bom sabermos onde nos localizamos para tratar de nossos semelhantes da forma como eles entendem.
O planeta é só um, mas é gigantesco.
Inumeros povos, inumeros jeitos de viver, inumeras formas de pensar...
Inumeras formas de conflito.
E é bom ter isso em mente.
Porque é bom saber que existe um 'outro' que não compartilha da mesma forma de pensar e viver que eu e ou que você.
Mas é imprescindivel que viver bem depende diretamente de estabelecer consensos.
No Brasil, assim como no resto do mundo, a gestão dos consensos está suprimida. Suprimida porque de alguma forma ela existe mas não ascende aos modelos hegemonicos de civilização.
A rentabilidade dos negocios fez a cabeça dos proprietários para transformar tudo em algo que pode se transformar. A Lei da transformação tomou conta do mundo quando viram que se podia ganhar o mundo dessa forma. e partir dai transformam o mundo em algo que pode ser comprado, não negociado porque a negociação é aniquilada pela força do capital que impera as relações de todos os tipos.
Então colocar o planeta, que é só um, e gingantesco ao mesmo tempo, sob um sistema de transformação onde tudo é mercadoria a serviço da apropriação de lucro e prestigio social economico e cultural é pensar que o mundo possui uma só formula e que é ela a que deve ser seguida.
É pensar que não existe um 'outro', porque o tudo deve girar ao redor do beneficio individual.
"O MEU, não o seu, muito menos o nosso!"
E isso é a politica, isso é a economia, isso é a cultura, isso é a raça, isso é a sexualidade, isso é o conhecimento.
Pensar o mundo é quebrar a realidade dentro dela mesma, é fazer saber que o que acontece nessa realidade talvez não deveria acontecer dessa determinada forma, e que o que existe é o que construimos.
Meu pensamento, portanto, é de DESCONSTRUIR.
É de reavaliar as opções e saber escolher com calmas as formulas de conduta, de pensamento, de conhecimento e vivencia. Eu me deparo com construções 100% do meu tempo, e isso me leva a querer desfazer.
Não é um fim, é um meio.
É, na verdade, um primeiro passo, de muitos longos outros que devem ser tomados nessa vida. Devem de dever mesmo, por necessidade e por humanidade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Bertha, Rory, Ann and Me

23/12/2016 - Galway - IR


Mais um final de ano. Mas dessa vez diferente. 2016 não foi um ano fácil, pelo contrário, muito pelo contrário, superou todas as expectativas em decepção que eu mesma poderia conceber. E principalmente, meus pais.
O peso que eles tiveram esse último semestre me diz sobre coisas das quais eu não percebia antes. Das quais eu não queria saber, na verdade. Sobre coisas que eu sempre fugi.
23 de Dezembro de 2016, os últimos dias do ano continuam me trazendo desgraça. Chegamos no tempo de Natal e recebo Rory e Bertha de cara limpa e feliz aqui em Galway. Mas a resposta não é recíproca.
Em menos de 1 hora de estadia, Bertha começam as perseguições. Começam os cochichos sobre mim e as conversas ofensivas a meu respeito, e pelas minhas costas. Mas ela não disfarça. Ela não está nem aí.
O dia vai passando, e eu continuo ouvindo ofensivas sobre meu caráter, minha índole e os meus feitos. Nada passa batido na conversa dela com Ann. Eu nao merecia estar aqui perto de ninguém. eu não mereço a família que tenho. Eu sou um lixo. Eu não posso ser a filha dela, sem ser diminuída quase 100% do tempo.
Eu não consigo parar de pensar por um minuto em tudo isso. Eu não consigo parar de chorar. Meu sentimento chegou ao fundo de um poço sem esperança ja. Meu coração não encontra mais o dela. Não há abertura.
Todos os cochichos, as acusações, os deboches, e o desprezo, além de ouvir, eu consigo sentir. De dentro. Consigo ver o ódio e o rancor que ela tem comigo.
Consigo sentir o mal que faço pra toda a família. E, de alguma forma, sinto que nunca vou poder satisfazer qualquer expectativa guardada por ela. Justamente, eu acho, porque não há mais.
Ela desistiu de mim.
Ela não me quer perto. Ela nao me quer feliz. Ela nao me quer seguindo em frente.
Ela resolveu não esquecer. Não seguir em frente. E é uma escolha que ela fez.
Não há mais abertura.
Não existe chegar perto. Não existe viver junto.
Ela está passando por dificuldades muito apertadas com os negócios. Ela está debilitada, tá cansada, fatigada, desencorajada e depressiada. Mas, porque ela volta isso contra mim?
São 8:31 da manhã, to acordada desde das 10 horas da manhã passada. Não consigo entender porque ela ainda persiste em me atacar. Sempre. Pesado. Sem refresco.
Num primeiro momento, a minha reação é chorar, me isolar. Ficar quieta. Ler meus livros, tenho um monte deles. Não consigo revidar.
Revidar significar falar da boca pra fora. Para atingir, pra ofender, pra diminuir.
Não quero isso. Não quero falar o que eu não quero dizer.
Mas o tempo passa, e a pressão aumenta.
Rory não aguenta mais me ver chorar isolada e triste. E revida por mim, e com a melhor tática, Ironia.
Porque eu não consigo??
O clímax se aproxima mas pelo intermédio dela mesma, da Rory. Quer resolver os pontos, ela quer acertar todo mundo. Afinal de contas é Natal, Fim de Ano, vamos celebrar!!
Ela diz:
_ Você não está fazendo a coisa certa! Você tá deixando ela ganhar! Você tá levando desaforo e isso ta te matando.
Ela não entende.
Eu não quero mais violência com violência.
Eu quero poder fazer ela refletir. Agora eu não consigo. Mas eu confio que isso um dia aconteça.
Não quero ficar triste. Não quero mais chorar, incompreender toda essa relação de desprezo, de ódio, de ameaça.
Ela diz:
Você tá agindo da pior forma! Você não socializa, você não é pró-ativa, você não quer saber. Você banca a ‘Não sou obrigada’ e se fecha no quarto. Você tá dando motivo.
Uma coisa: Ninguém é obrigado. E quanto a humilhação muito menos. Eu ouço elas de graça. Por nada. Só pelo prazer odioso de outra pessoa.
Então eu resolvi apelar. Resolvi seguir os conselhos da Rory. Fui pra luta. Falei o que eu não queria. Falei o que eu não devia. Mostrei meu desprezo de volta. Mostrei a minha dor pela ofensa. Assim como ela faz.
E deu tudo errado.
Não saiu porrada porque Rory segurou ela. Porque ela ia me pegar!
Mas… eu realmente não quero dizer aquelas coisas. Eu não acho aquilo dela. É claro que não. Todo mundo erra. E, eu sendo prova disso, sei que ninguém merece viver do erro.
Ninguém é seu próprio erro. Não existe 1 erro. Existe vida. Se tem erro, tem acerto.
A moral da história - que não acabou ainda, quem me dera tivesse - é a intuição.
Se eu tivesse seguido meus instintos nada disso teria acontecido. A bomba não teria sido explodida.
Se eu me mantivesse segura, mesmo com todas as pressões, agora eu estaria dormindo, e não com vontade de sumir, de fugir, e até de morrer.
Bertha suga as minhas forças. Ela pisa no meu sentimento.
Mas como lidar com isso sendo ela sua mãe? Não sei o que fazer.