quarta-feira, 18 de março de 2015

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A noite passada eu dormi fora, e cheguei com um sentimento de que na verdade, eu não preciso sentir as contradições que sinto o tempo todo. Estar com ele é uma quebra do tempo, onde eu perco a noção da realidade e fico em estado de férias pelas horas que dura. Mas eu não estou de férias.
Ele realmente não é e nem precisa ser uma grande personalidade na minha vida. Nós combinamos, mas como não combinar com alguém da sua faculdade, com a mesma idade, com mais ou menos o mesmo histórico familiar e os mesmos desejos vorazes da juventude?!
To esquecendo de me cuidar de novo, de pensar em mim e nos meus desejos. Isso coincidentemente acontece quando ele está na minha vida. 
O pensamento em mim, somente em mim, me trás a sensação maravilhosa de estar em dia com o tempo, com o espaço e com a vida. Eu tenho uma vida, e é somente ela, independente de eu protagonizar ou não ela. Então, porque não protagonizar minha própria vida?

É difícil algumas horas em manter a mente ciente de tudo, e continuar vivendo o cotidiano massacrante, mas ainda, porque não protagonizar minha própria vida? 

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